quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Saúde - Hipertensão arterial

A hipertensão arterial (HTA) é uma doença que afecta quase 25% da população adulta mundial. Em Portugal, existem cerca de dois milhões de hipertensos. Destes, apenas metade tem conhecimento de que tem HTA, apenas um quarto está medicado e só 16% estão controlados.

Designam-se de HTA todas as situações em que se verificam valores de tensão arterial aumentados, considerando-se para tal valores de tensão arterial sistólica (máxima) superiores ou iguais a 140 mm Hg (milímetros de mercúrio) e/ou valores de tensão arterial diastólica (mínima) superiores a 90 mm Hg. Vulgarmente diz-se 14 – 9 de tensão arterial.
A HTA não provoca geralmente quaisquer sintomas ou sinais de doença nos primeiros anos. No entanto, com o passar do tempo, a HTA acaba provocar lesões irreversíveis nos vasos sanguíneos e nos principais órgãos vitais do organismo como o cérebro, o coração e o rim, provocando o aparecimento de doença orgânica sintomática.
Em alguns casos, principalmente quando a pressão arterial atinge valores muito elevados (por ex. 200/110) podem ocorrer sintomas como cefaleias (dores de cabeça), tonturas, cansaço fácil ou sensação de visão turva.
A HTA aumenta consideravelmente o risco de AVC e de enfarte agudo do miocárdio.
É importante avaliar regularmente a sua tensão arterial, principalmente se apresentar valores fora do normal.
O primeiro passo no tratamento da hipertensão arterial passa pela adopção de estilos saudáveis de vida: não fume, reduza a ingestão de sal, de bebidas alcoólicas e cafeína, procure atingir o seu peso ideal praticando exercício físico de forma regular (por ex. uma marcha de 30 minutos) e com uma alimentação equilibrada, rica em fruta, vegetais e pobre em gorduras.
É muito importante que cumpra correctamente a medicação, seguindo as indicações do seu médico e não tome outros medicamentos por livre iniciativa (podem alterar os valores da tensão arterial). Não falte às consultas de vigilância.
Lembre-se, a HTA não desaparece por si, mas pode ser adequadamente controlada. O seu tratamento deve ser um compromisso para toda a sua vida!


Luís Agostinho
Enfermeiro

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